sábado, 21 de novembro de 2009

Participação especial das alunas do colégio Marieta Cals.Apresentação da dança do Boi de Parintins- Parte 1




Este vídeo é uma das três partes da apresentação especial do grupo de dança da Escola Marieta Cals, que abrilhantou ainda mais a feira cultural da escola Martha dos Martins.


Folguedos


O que são Folguedos, principais folguedos populares, folclore brasileiro, folguedos natalinos, folguedos folclóricos.

O que são

Os folguedos são festas de caráter popular cuja principal característica é a presença de música, dança e representação teatral. Grande parte dos folguedos possui origem religiosa e raízes culturais dos povos que formaram nossa cultura (africanos, portugueses, indígenas). Contudo, muitos folguedos foram, com o passar dos anos, incorporando mudanças culturais e adicionando, às festas, novas coreografias e vestimentas (máscaras, colares, turbantes, fitas e roupas coloridas). Os folguedos fazem parte da cultura popular e do folclore brasileiro. Embora ocorram em quase todo território brasileiro, é no Nordeste que se fazem mais presentes.

Os principais folguedos da cultura popular brasileira são:



- Afoxé: dança-cortejo, típica da Bahia, e ligada aos rituais do candomblé.

- Bumba-meu-boi: típico folguedo da região Nordeste do Brasil. Possui uma miscigenação de elementos culturais africanos, portugueses e indígenas. Ocorre entre o mês de novembro até 6 de janeiro. Sua coreografia consiste em danças de rua, onde um homem veste-se de boi e comanda as coreografias.



- Caboclo: danças que representam a cultura indígena. Folguedo muito comum em Pernambuco e Paraíba.



- Cavalhada: típica das regiões Sudeste e Centro-oeste do Brasil. Os cavaleiros representam, em suas coreografias, as batalhas medievais entre cristãos e muçulmanos.

- Congada: espécie de dança-cortejo, ocorre em diversas regiões do Brasil. Representam a coroação dos antigos reis do Congo (África).



- Folia-de-reis: dramatização de rua em que é representada a viagem bíblica dos três reis magos. Ocorre entre o Natal e o dia 6 de janeiro (Dia de Reis).



- Maracatu: dança-cortejo típica de Pernambuco, ocorre no período do Carnaval. A dança ocorre ao som de zabumbas, conguês e taróis.



- Marujada: encenação nordestina que representa a vitória dos cristãos sobre os muçulmanos na Idade Média e também as conquistas marítimas européias dos séculos XV e XVI. Os personagens vestem-se com trajes de marinheiros, cristãos ou muçulmanos. Pandeiros, violões e outros instrumentos acompanham a encenação.

- Pastoril: encenação cujo tema principal é o aviso que o anjo Gabriel dá sobre o nascimento de Jesus Cristo. Típico da região Nordeste, os participantes dançam e cantam nas ruas. Meninas, enfeitadas com fitas e tocando pandeiro, dividem-se em dois cordões (azul e vermelho) e são acompanhadas por um grupo musical.

- Reisado: comum no Nordeste, este folguedo baseia-se na encenação do Natal. Os participantes, cantando e dançando, desfilam pelas ruas da cidade pedindo donativos. Os participantes usam roupa coloridas, fitas e chapéus. Em algumas regiões, integrantes usam figurinos representando reis, palhaços e estrela.

Um dos folguedos mais tradicionais do Brasil é o bumba-meu-boi do Maranhão.

Tradição do tempo dos escravos reúne grupos até o dia 30.


Mas todos esses imigrantes trouxeram a cultura dos seus países de origem. A cultura paranaense é extremamente diversificada porque recebeu contribuições dos imigrantes da cultura européia, desde a diferença de línguas, religiosidades e tradições, culinária, vestimentas (figurinos), músicas, danças, festas, crenças, formatos de casas e de igrejas, instrumentos musicais e idiomas.

É interessante como todos esses povos imigrantes se adaptaram e assimilaram rápido a cultura indígena, gaúcha, tropeira que por aqui existia, e por outro lado, também acrescentaram a sua cultura.

http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folguedos.htm

Parintins é um município do Amazonas, que tem uma população de 107.250 mil habitantes, é a segundo maior cidade da região amazonense e um dos pontos turísticos mais conhecidos e admirado na região Norte, a festa do Boi de Parintins.

Como todas as festas tradicionais, a festa do Boi de Parintins. ocorre todos os anos nos dias 28, 29 e 30 de junho, com o desfile dos bois o caprichoso e o garantido . O festival é uma manifestação folclórica conhecida no Norte do país como Boi Bumbá. Está localizada à margem direita do rio Amazonas, na ilha Tupinambarana.

O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local.

Até 2005 era realizado sempre nos dias 28, 29 e 30 de junho. Uma lei municipal mudou a data para o último fim de semana desse mesmo mês.

http://www.parintins.com.br/histgarantido.asp


http://www.parintins.com.br/histgarantido.asp

O espetáculo deste festival não lembra uma festa de carnaval como o do Rio ou o Frevo de Pernambuco.A única semelhança entre o carnaval e o festival é a sequência da parada: tem início na concentração, atravessa uma passarela, e termina na dispersão. Este rito é uma estória cantada e dançada e que acontece dentro de uma arena circular, onde cada um dos bois realiza seu desfile com carros alegóricos que se mexem, e têm vários efeitos especiais.

Um fato que merece interessante é que, enquanto um Boi desfila e seu time dança, a turma do boi adversário tem que permanecer em silêncio,inclusive a as torcidas do touro rival, têm que ficar calada e sentada.É muito interessante ver a imagem da metade do estádio dançando, cantando, tirando fotos e comemorando seu boi e a outra metade do estádio parada parada.

Boi-Bumbá

Qual é o significado da dança do boi ? Tudo começa quando um mulher grávida chamada Catarina teve o grande desejo de comer a língua ,o coração, o fígado do boi mais bonito da fazenda de seu patrão, o preferido. Com medo de que o filho nascesse com a boca torta, Francisco esposa de Catarina, realiza esse desejo da esposa. Rouba o boi mais bonito, mata-o e some para não ser encontrado. Francisco é acusado de roubo, procurado, perseguido e preso pelos vaqueiros. Este termina confessando o crime.


O dono do boi chama o curandeiro feiticeiro, para trazer o boi de volta, ressuscitar o boi. O feiticeiro consegue reviver o boi . Quando o boi começa a mugir, todos comemoram com alegria.

O “tripa do boi” é uma das peças mais importantes da brincadeira. É o homem que dança embaixo da “carcaça” do boi, que dança ao som das toadas, batuques de tambores, repiques, caixinhas e surdos.


O ritual do Boi-Bumbá tem duas matrizes,a negra e a índia. O negro cativo influencia no som dos instrumentos de sua terra distante, do índio as cores e a magia da imagem mística dos pajés. Diz-se que a dança acontecida no Festival de Parentis, não tem muito a ver com a dança original.


A Dança do Boi de Parintins Parte 2



História do Boi Bumbá Garantido


Surgido a 13 de junho de 1913, o Boi Garantido apareceu nos sonhos do curumim Lindolfo Monteverde, que sempre sentava ao colo de sua avó maranhense para ouvir as lendas do boi de pano que dançava nas noites de São João.

Inicialmente o menino de 11 anos, que brincava com a garotada de fé (turma de amigos) em seu quintal, confeccionou seu boi com curuatá, e batizou-o de "Garantido".

Por mais sete anos o quintal de Dona Xanda (Alexandrina Monteverde, mãe de Lindolfo) foi o palco para a festa desse Boi.

Após algumas discussões com Dona Xanda, Lindolfo conseguiu convencer a mãe a ajudá-lo a fazer os primeiros chapéus e camisas vermelhas, para sair às ruas. A resistência de sua mãe não era gratuita, uma vez que naquela época, as batalhas entre contrários eram coisa séria. Tanto que nem as mulheres podiam participar.

Mas foi aos 18 anos que a brincadeira de quintal de Lindolfo se tornou motivo de promessa, e transformou Garantido em um "Boi de promessa".

Durante uma viagem ao Pará, Lindolfo teve sérios problemas de saúde e fez uma promessa a São João Batista: se ele ficasse curado, faria seu Boi brincar durante toda sua vida. Graça alcançada, promessa cumprida.

Daí para frente o Boi foi conquistando ao longo de várias décadas o coração de milhares de vermelhos no Brasil e no mundo, mantendo vivas as raízes do amazonense através de sua música e dança.

Figuras centrais do Boi


Tradicionalmente, o Boi era formado por:


Um Amo, 2 Vaqueiros, 4 Índios, Caboclos, Pai Francisco, Mãe Catirina, Cazumbá, Lamparineiros, Padre, Sacristão, Pajé, Feiticeiro, Dr. da Cachaça, Dr. do Trovão, Dr. Curabem, Dr. Veterinário, 2 Rapazes, Tripa do Boi, Batuqueiros, D. Maria, a senhora da fazenda, e o Negro Velho.


Hoje, os vaqueiros formam um grupo de 40 brincantes e os índios se tornaram tribos inteiras.
A figura do Padre, Sacristão, Dr. da Cachaça desapareceram do Boi de Parintins, mas permanecem nos Bois de Manaus. No Boi de Parintins, hoje ocupam destaque principal:
Pajé e Cunhã Poranga - representantes da cultura indígena, Amo do Boi, Rainha do Folclore e Sinhazinha da Fazenda, representando o homem europeu Pai Francisco e Mãe Catirina, representando o negro.


Ontem e hoje os bois apresentam e conservam quatro elementos distintos no decorrer da folgaça folclórica: o falado, o cantado, o orquestrado e o representado.


Na maioria das versões de boi-bumbá existentes em cada Estado, o enredo encenado é geralmente o mesmo. O tripa do boi é uma das peças mais importantes da brincadeira. É o homem que dança embaixo da “carcaça” do boi. O som fica por conta das toadas, com batuques de tambores, repiques, caixinhas e surdos. Esse é o boi em sua forma, digamos, mais original, que em muitas localidades da Amazônia ainda é reproduzido de forma eminentemente folclórica. Tanto que para muitos, esse boi original e primitivo em pouco ou nada se assemelha à grandiosa festa dos bois de Parintins, realizada no mês de julho, a cerca de 400 Km de Manaus, no Amazonas.


http://www.cidadeparintins.com.br/folclore/


Bumba-meu-boi do Maranhão

O bumba-meu-boi é um dos folguedos populares mais conhecidos no Brasil. Essa manifestação folclórica, comemorada no dia 28 de junho, é encontrada em grande parte de nosso território e recebe nomes diferentes. No Nordeste é conhecido como bumba-meu-boi; no Centro-Oeste, como boi-a-serra; em Santa Catarina, como boi-de-mamão e nos estados do Norte como boi-bumbá.

Nos últimos anos, muitos turistas que visitaram o estado do Amazonas no mês de junho dirigiram-se a Parintins, cidade situada a 420 km de Manaus, à margem direita do rio Amazonas. Ali, a apresentação de uma mistura do bumba-meu-boi do Nordeste com lendas indígenas, características da cultura dos povos locais, resulta no Festival Folclórico de Parintins, conhecido internacionalmente.

Os folguedos do boi são uma encenação dramática, que ocorre nas praças e ruas. Enquanto os folguedos do bumba-meu-boi na região Nordeste são tradicionalmente encenados entre o dia do Natal e o dia de Reis, no estado do Maranhão e nos estados do Norte eles ocorrem principalmente durante as festas juninas. Entretanto, por causa do turismo, as festas do boi vêm sendo encenadas em todos os finais de semana em algumas cidades. No Maranhão, no mês de junho, as ruas de São Luís ficam geralmente cheias de bois coloridos, cabeça feita de madeira ou papel machê. Mas quem lhe dá vida é um adulto, ou criança, que ao som de bumbos, violas, pandeiros faz o povo dançar ou correr de suas investidas.

O pessoal se reúne durante todo o mês de junho para reviver a lenda da escrava grávida que desejou comer a língua do boi mais bonito do patrão. O bumba-meu-boi rodopia no meio de uma multidão dos arranhais. O capataz surge montado em uma burrinha encantada e ganha a companhia dos espíritos da floresta. São mais de 300 grupos num ritual de devoção nos terreiros.

Os grupos de bumba-meu-boi percorrem os arraiais até 30 de junho, dia de São Marçal, também considerado santo junino pelos maranhenses.

O bumba meu boi é um folguedo Bumba iniciado nos estados nordestinos, principalmente o de Pernambuco e que tinha como sujeitos trabalhadores negros, brancos, índios e mestiços. Cada um com sua particularidade, a intenção é uma investigação em História social sobre a cultura dos trabalhadores do século XIX e início do XX que seja atenta às realizações festivas dos trabalhadores escravos e livres como indícios da ação de resistência

cultural, social e política.



A origem do auto do bumba-meu-boi remonta ao Ciclo do Gado, no século XVIII, resultante das relações desiguais que existem entre os escravos e os senhores nas Casas Grandes e Senzalas, refletindo as condições sociais vividas pelos negros e índios. Contado e recontado através dos tempos, na tradição oral nordestina, e depois espalhada pelo Brasil, a lenda fundante adquire contornos de sátira, comédia, tragédia e drama, conforme o lugar em que se inscreve, mas sempre levando em consideração a estória de um homem e um boi, ou seja, o contraste entre, por um lado, a fragilidade do homem e a força bruta do boi e, por outro lado, a inteligência do homem e a estupidez do animal.


Do ponto de vista teatral, o folguedo deriva da tradição espanhola e da portuguesa, tanto no que diz respeito ao desfile como à representação propriamente dita; tradição de se encenarem peças religiosas de inspiração erudita, mas destinadas ao povo para comemorar festas católicas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo. Esse costume foi retomado no Brasil pelos Jesuítas em sua obra de evangelização dos indígenas, negros e dos próprios portugueses aventureiros e conquistadores no catolicismo, por meio da encenação de pequenas peças.


Como dança dramática, o bumba-meu-boi adquire através dos tempos, algumas características dos autos medievais, o que lhe dá o seu caráter de veículo de comunicação. Simples, emocional, direto, linguagem oral, narrativa clara e uma ampla identificação por parte do público, tomando semelhanças com a comédia satírica ou tragicomédia pela estrutura dramática dos seus personagens alegóricos, os incidentes cômicos e contextuais, a gravidade dos conflitos e o desenlace quase sempre alegre, que funciona como um processo catártico.


Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes. Dessa forma, enquanto no Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas é chamado bumba-meu-boi, no Pará e Amazonas é Boi-Bumbá ou Pavulagem; em Pernambuco é Boi Calemba ou Bumbá; no Ceará é Boi de Reis, Boi Surubim e Boi Zumbi; na Bahia é Boi Janeiro, Boi Estrela do Mar, Dromedário e Mulinha-de-Ouro; no Paraná, em Santa Catarina, é Boi de Mourão ou Boi de Mamão; em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Cabo Frio é Bumba ou Folguedo do Boi; no Espírito Santo é Boi-de-Reis; no Rio Grande do Sul é Bumba, Boizinho, ou Boi Mamão; em São Paulo é Boi de Jacá e Dança do Boi.


http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/5ritmos/origem.html



Dança do Boi de Parintins Parte 3




História do Boi Bumbá Caprichoso

Vindos de Crato, Ceará, os irmãos Cid chegaram à região à procura de trabalho, mulher e filhos, e fizeram uma promessa a São João Batista: se alcançassem essas graças, reverenciariam o santo com um boi de pano. E assim aconteceu.

Como bons cristãos, juntaram-se ao ilustre filho de Parintins José Furtado Belém, advogado que fez carreira na política amazonense, e chegou a Vice-governador do Estado.

Certo dia, os três estavam frente à Praça 14 em Manaus, quando viram um Boi pertencente à família Antares, com o nome de Caprichoso.

Caprichoso: (adj) que capricha; feito por capricho, excêntrico; variável; teimoso; obstinado - in Pequeno dicionário brasileiro da língua portuguesa.

Com todos estes atributos, o trio fundou um Boi homônimo em Parintins. Surge então em 20/10/1913 o Boi Caprichoso de Parintins, na Travessa Sá Peixoto.

Inicialmente com uma marujada de 20 pessoas, com um instrumental feito de madeira oca com peles de animais, surge o Boi, cujos personagens eram a Estrela Maior, o Amo e A Vaqueirada.

Ano após ano a paixão pelo "diamante negro" cresce e arrebata mais apaixonados pela metade azul da Parintins. Sejam eles parintinenses de nascimento, ou de espírito.

http://www.cidadeparintins.com.br/folclore/boi_caprichoso/